Sunday, December 31, 2006
Feliz 2007
Friday, December 29, 2006
Pablo de mi vida
Ventos vindos da direita
Literatura de férias (3)

(Mário Soares)
Como é bom voltar a ter tempo e disposição quer para ler, quer para escrever e comentar na blogosfera. Neste momento vou no meu terceiro livro estas férias, que é a biografia do pretendente ao trono português D. Duarte, chefe da Casa de Bragança. Esta obra é da autoria do Professor Mendo Castro Henriques da Universidade Católica e traça-nos o retrato de um homem simples que o acaso ditou nascer rei sem trono, mas que nem por isso deixou de ter um papel activo na representação externa de Portugal e no estudo da nossa história, da nossa língua e da nossa cultura.
Não é a primeira vez que leio sobre D. Duarte de Bragança, já havia folheado várias entrevistas do mesmo, umas mais interessantes que outras é certo e li ainda uma breve biografia escrita por Palmira Correia, publicada em 2005 e que conta com um apaixonante prefácio da Teresa Costa Macedo. No que já li deste recente “Dom Duarte e a Democracia” e no que já havia lido noutros sítios, fiquei com a sincera opinião de que estamos perante um homem de uma sensatez invejável e de um sentido pátrio difícil de encontrar e mais ainda, fiquei com a plena noção de que estamos perante um dos poucos pensadores portugueses sobre o mundo da Lusófonia.
Se a esquerda, na qual me insiro inequivocamente, mantém o dogma, juntamente com alguma direita bacoca e pouco informada, de que D. Duarte é apenas mais um produto da imprensa cor-de-rosa, eu acho que já ultrapassei esse preconceito. Temos aqui aquilo a que chamamos no direito um “bonus patter famílias”, ou seja, um português médio, mas ao mesmo tempo extremamente lúcido das reais necessidades do nosso povo e que mantém acesa a chama de um tradicionalismo saudável e não retrógrada.
Wilde e o Ensino Português
Pensamentos...
Nietzsche, Friedrich
Thursday, December 28, 2006
Literatura de Férias (2)

Quanto à hipótese de Salazar querer seguir o exemplo espanhol e restaurar a monarquia, ficam muitas dúvidas no ar. É certo, isso sim, que existiram vários contactos de Salazar para com os vários ramos da Casa de Bragança, com vista a medir sensibilidades sobre o assunto. Gostaria apenas de saber se esses mesmos contactos serviam unicamente para apaziguar os monárquicos e seduzi-los para o regime, ou se o ditador teve mesmo a intenção de restaurar a monarquia e apenas o não fez para evitar problemas com republicanos como Craveiro Lopes.
Literatura de Férias

A primeira frase do ano
(Revista Atlântico, edição de Janeiro de 2007)
Sunday, December 17, 2006
O parlamento e os blogs
Thursday, December 14, 2006
E porque os jovens também são politicos...
Ele passou-me a palavra sem eu a pedir. E disse a unica coisa que sei e que acho, os jovens fartaram-se da politica. A classe politica em Portugal está descredibilizada, e a imagem do politico profissional é ostrascizada na maior parte dos circulos, o que faz com que os jovens tenham pouco interesse pelas areas do serviço publico, e mesmo do que se está a passar por esse belo país, nas autarquias e no governo. Mas... até que ponto?
Vim ainda agr de um teatro, um pequeno e amoroso teatro que os alunos da ESR escreveram e interpetraram. Foram feitas algumas criticas extremamente pertinentes num estilo de revista a uma e outra personalidade do mundo politico nomeadamente á ministra da Educação, a tão acarinhada pelos alunos e professores deste país Ministra da Educação. A frase do post anterior é citada da peça. O que mostra que afinal os jovens, mesmo aqueles que não disputam caciques, que não se candidatam ás concelhias, aliás, que nunca se filiaram em sitio algum, também têm uma opinião politica. Se calhar até mais pertinente do que muitos que "por cá andam". Afinal é o seu futuro que está em causa. O nosso. E como herdeiros deste belo país, é bom que nos preocupemos...
Á Ministra da Educação
Tuesday, December 12, 2006
Wednesday, December 06, 2006
Tuesday, December 05, 2006
Debate da I.V.G. promovido hoje pela Lista S - AAFDL


Quanto ao debate em si gostava de tecer algumas considerações relativamente a estes pontos:
- Abordou-se excessivamente a problemática religiosa do ponto de vista da religião católica, o que a mim como agnóstico pouco me sensibliza.
- Falou-se muito pouco na liberdade de escolha da mulher, sendo que a mesma deveria ser o tema central da discussão.
- No que concerne à discussão jurídica a única conclusão a que se chegou foi que se o direito regula os bolos reis, também deve regular esta problemática. Convinha lembrar que no referendo ninguém pretende liberalizar o aborto por completo, logo o direito continua a regular a i.v.g. na mesma.
- Os argumentos dos oradores do NÃO resumem-se a aspectos relativos à moral, esquecendo-se que não cabe ao estado impor uma moral, muito menos católica, aos seus cidadãos. No que diz respeito ao feto ser ou não um ser vivo, vi muitos argumentos científicos e muito pouco filosóficos. Talvez estes senhores devessem aprofundar mais Satre e os autores existêncialistas, para perceberem quando efectivamente "existe" um ser humano.
- Por fim, acho que todos os oradores se esqueceram que quer se aprove ou não esta lei, o aborto vai continuar a existir, com a diferença de que se a mesma for aprovada será em estabelecimentos hospitalares autorizados, enquanto que se o NÃO ganhar o referendo, continuará a ser em Badajoz para as mulheres que têm dinheiro e em vãos de escadas para aquelas que não têm e que vão continuar a morrer, a ficar com problemas de saúde gravíssimos e a serem presas injustamente.