Sunday, December 31, 2006
Feliz 2007
Friday, December 29, 2006
Pablo de mi vida
Ventos vindos da direita
Literatura de férias (3)
(Mário Soares)
Como é bom voltar a ter tempo e disposição quer para ler, quer para escrever e comentar na blogosfera. Neste momento vou no meu terceiro livro estas férias, que é a biografia do pretendente ao trono português D. Duarte, chefe da Casa de Bragança. Esta obra é da autoria do Professor Mendo Castro Henriques da Universidade Católica e traça-nos o retrato de um homem simples que o acaso ditou nascer rei sem trono, mas que nem por isso deixou de ter um papel activo na representação externa de Portugal e no estudo da nossa história, da nossa língua e da nossa cultura.
Não é a primeira vez que leio sobre D. Duarte de Bragança, já havia folheado várias entrevistas do mesmo, umas mais interessantes que outras é certo e li ainda uma breve biografia escrita por Palmira Correia, publicada em 2005 e que conta com um apaixonante prefácio da Teresa Costa Macedo. No que já li deste recente “Dom Duarte e a Democracia” e no que já havia lido noutros sítios, fiquei com a sincera opinião de que estamos perante um homem de uma sensatez invejável e de um sentido pátrio difícil de encontrar e mais ainda, fiquei com a plena noção de que estamos perante um dos poucos pensadores portugueses sobre o mundo da Lusófonia.
Se a esquerda, na qual me insiro inequivocamente, mantém o dogma, juntamente com alguma direita bacoca e pouco informada, de que D. Duarte é apenas mais um produto da imprensa cor-de-rosa, eu acho que já ultrapassei esse preconceito. Temos aqui aquilo a que chamamos no direito um “bonus patter famílias”, ou seja, um português médio, mas ao mesmo tempo extremamente lúcido das reais necessidades do nosso povo e que mantém acesa a chama de um tradicionalismo saudável e não retrógrada.
Wilde e o Ensino Português
Pensamentos...
Nietzsche, Friedrich
Thursday, December 28, 2006
Literatura de Férias (2)
Quanto à hipótese de Salazar querer seguir o exemplo espanhol e restaurar a monarquia, ficam muitas dúvidas no ar. É certo, isso sim, que existiram vários contactos de Salazar para com os vários ramos da Casa de Bragança, com vista a medir sensibilidades sobre o assunto. Gostaria apenas de saber se esses mesmos contactos serviam unicamente para apaziguar os monárquicos e seduzi-los para o regime, ou se o ditador teve mesmo a intenção de restaurar a monarquia e apenas o não fez para evitar problemas com republicanos como Craveiro Lopes.
Literatura de Férias
A primeira frase do ano
(Revista Atlântico, edição de Janeiro de 2007)
Sunday, December 17, 2006
O parlamento e os blogs
Thursday, December 14, 2006
E porque os jovens também são politicos...
Ele passou-me a palavra sem eu a pedir. E disse a unica coisa que sei e que acho, os jovens fartaram-se da politica. A classe politica em Portugal está descredibilizada, e a imagem do politico profissional é ostrascizada na maior parte dos circulos, o que faz com que os jovens tenham pouco interesse pelas areas do serviço publico, e mesmo do que se está a passar por esse belo país, nas autarquias e no governo. Mas... até que ponto?
Vim ainda agr de um teatro, um pequeno e amoroso teatro que os alunos da ESR escreveram e interpetraram. Foram feitas algumas criticas extremamente pertinentes num estilo de revista a uma e outra personalidade do mundo politico nomeadamente á ministra da Educação, a tão acarinhada pelos alunos e professores deste país Ministra da Educação. A frase do post anterior é citada da peça. O que mostra que afinal os jovens, mesmo aqueles que não disputam caciques, que não se candidatam ás concelhias, aliás, que nunca se filiaram em sitio algum, também têm uma opinião politica. Se calhar até mais pertinente do que muitos que "por cá andam". Afinal é o seu futuro que está em causa. O nosso. E como herdeiros deste belo país, é bom que nos preocupemos...
Á Ministra da Educação
Tuesday, December 12, 2006
Wednesday, December 06, 2006
Tuesday, December 05, 2006
Debate da I.V.G. promovido hoje pela Lista S - AAFDL
Quanto ao debate em si gostava de tecer algumas considerações relativamente a estes pontos:
- Abordou-se excessivamente a problemática religiosa do ponto de vista da religião católica, o que a mim como agnóstico pouco me sensibliza.
- Falou-se muito pouco na liberdade de escolha da mulher, sendo que a mesma deveria ser o tema central da discussão.
- No que concerne à discussão jurídica a única conclusão a que se chegou foi que se o direito regula os bolos reis, também deve regular esta problemática. Convinha lembrar que no referendo ninguém pretende liberalizar o aborto por completo, logo o direito continua a regular a i.v.g. na mesma.
- Os argumentos dos oradores do NÃO resumem-se a aspectos relativos à moral, esquecendo-se que não cabe ao estado impor uma moral, muito menos católica, aos seus cidadãos. No que diz respeito ao feto ser ou não um ser vivo, vi muitos argumentos científicos e muito pouco filosóficos. Talvez estes senhores devessem aprofundar mais Satre e os autores existêncialistas, para perceberem quando efectivamente "existe" um ser humano.
- Por fim, acho que todos os oradores se esqueceram que quer se aprove ou não esta lei, o aborto vai continuar a existir, com a diferença de que se a mesma for aprovada será em estabelecimentos hospitalares autorizados, enquanto que se o NÃO ganhar o referendo, continuará a ser em Badajoz para as mulheres que têm dinheiro e em vãos de escadas para aquelas que não têm e que vão continuar a morrer, a ficar com problemas de saúde gravíssimos e a serem presas injustamente.
Friday, November 10, 2006
"À esquerda da indiferença" 88.1 FM - S. J. da Madeira
Monday, November 06, 2006
Geração de 90
Posso dizer que me orgulho bastante da geração de 80, se calhar por ter sido a última a ter alguma consciência política e social, a mostrar resistência a muito do lixo comercial que nos tentaram vender e por não nos deixarmos seduzir por um mundo completamente desfasado de preceitos éticos e morais, em que hoje vemos cair os pré-adolescentes e adolescentes da geração de 90. Também durante a minha pré-adolescência e meados da mesma havia música sem qualidade e sem conteúdo, haviam séries televisivas e filmes que em nada contribuíam para a nossa formação, mas à parte disto sobreviveu sempre um espírito crítico intrínseco a uma geração que, no caso dos mais velhos, viveu anos quentes de luta contra as propinas no ensino superior e no caso dos mais novos, a luta contra a revisão curricular no ensino secundário. Na música, nascemos a ouvir Madonna, mas preferimos muitas vezes optar por Pearl Jam, System of a down e até os velhinhos Rage Against the Machine. Curiosamente esta nova geração esquece aqueles que faziam música com um propósito cultural, relança a Madonna e faz os D’Zrt venderem 130 000 discos só em 2005.
Na minha óptica uma geração espelha-se um pouco nos seus ídolos e certamente não seria exigível aos nossos adolescentes que ainda tivessem como ícones o Che Guevara, o Kurt Cobain, o Gandi ou o Andy Warhol. Também seria pouco razoável exigir que os jovens dos 11 aos 16 anos comprassem as colecções de filmes do Woody Allen e se deliciassem a ouvir as músicas do Jacques Brell. Mas em contrapartida não é aceitável que os mesmos idolatrem as personagens dos Morangos com Açúcar e da Floribella, decorem as músicas dos D’Zrt, futilizem as relações sexuais e acompanhem efusivamente todos os combates de luta livre americana, que qualquer criança da minha geração, na sua transição para a adolescência, começava a apelidar de palhaçada.
Hoje qualquer pré-adolescente sai todas as semanas até às seis da manhã de sábado com maior facilidade do que a minha geração conseguia convencer o pai a deixar-nos comer um Big Mac no centro comercial à tarde, ou a ir ao cinema de comboio ao sábado. Jantar com os amigos ao fim-de-semana e poder ir a um bar até à meia-noite deixou de ser uma conquista, esta geração quer aproveitar cada minuto como se fosse o último da vida e os pais consentem e promovem inconscientemente esta situação.
Basta observar o que as séries televisivas com maior sucesso nesta faixa etária incutem nos nossos adolescentes, que são afinal o futuro do nosso país. Temos o exemplo de uma tal de Floribella que encarna o espírito do Estado Novo da menina que vive bem porque é pobre, que tem um gosto horrendo, que tem uma paixão de conto de fadas, que tem um mau português e um sotaque nitidamente forçado, que é ignorante do ponto de vista das letras mas é uma jóia de miúda porque borda vestidos como ninguém e comporta-se sempre como uma bela fada do lar. Estamos pois perante o retrato robô do machismo lusitano, que idolatra a mulher sem qualquer tipo de formação académica, que cozinha e borda como ninguém e que vive um amor quase épico pelo homem mais velho, que ainda por cima pinta o cabelo de ruivo.
Já no que diz respeito aos Morangos com Açúcar o caso é mais complicado, são incutidas formas de estar, de vestir, de ser e de pensar que mais não são do que aquilo que a indústria televisiva quer vender, formando jovens incultos e sem ambições pessoais. Nenhum dos jovens daquela série televisiva é visto a discutir cinema, música de qualidade, literatura, arte ou assuntos académicos de relevo e o único que o faz é apresentado como crom(i)o e acabou de lançar um CD de música pimba. Bastar assistir a dois ou três episódios da série para nos apercebermos que nenhuma daquelas criaturas sabe quem foi Satre, Nietzsche, Rousseau ou Locke. A maioria provavelmente não faz ideia em que século viveu Mozart e se questionado sobre a nacionalidade do Papa João XXI diria que o mesmo era italiano. Com toda a certeza que a maioria dos espectadores desta série até viram o filme “O Crime do Padre Amaro” para observarem os seios da Soraia Chaves, mas não sabem que o livro que dá nome ao filme foi escrito pelo Eça de Queiroz.
As roupas desta geração tentam ser radicais o que é próprio de todas as gerações de adolescentes, o que não é comum é estas sendo radicais não terem qualquer conotação ideológica, para comprovar isso basta ver que um jovem na década de 70 andava com umas botas Dock Martins com o significado de admirar o movimento Punk, na década de 80 e 90 andar com umas calças Resina significava alguma ligação ao então insurgente movimento hip-hop norte-americano e agora o que significa um adolescente andar com uma t-shirt lilás rasgada, de decote em bico e a dizer “Puta Madre” em dourado? Talvez uma qualquer alusão ao Dino ou ao Cristiano Ronaldo.
O que é necessário reter é a necessidade premente desta geração de adolescentes não se transformar unicamente no espelho da futilidade do capitalismo selvático e sem preceitos culturais. Esta tarefa cabe não só às escolas que têm que começar a fomentar uma política de promoção cultural e literária, mas principalmente aos pais que têm a função de educar os seus filhos alertando-os para todos os males desta nova sociedade e fomentando-lhes o gosto pela descoberta e pela cultura. Como disse há uns meses atrás Maria Filomena Mónica numa crónica sobre a série Morangos com Açúcar: “Os pais que o conseguirem poderão orgulhar-se de estar a formar uma elite, cuja cultura não se baseia apenas em telenovelas, mas no que a cultura superior tem para oferecer”.
Thursday, November 02, 2006
Candidatura de Pedro Vaz à Federação de Aveiro da JS
Saturday, October 28, 2006
pre_conceito
Um dos grandes problemas da política nacional é cada vez mais a desacreditação nos partidos, generalizados como oportunistas, falsos e preguiçosos. É algo sem dúvida preocupante mas que, numa sociedade que apesar de caminhar paulatinamente para uma condição mais adequada a um país desenvolvido continua ainda a ser constituída por pessoas que não conseguem ter uma visão desenvolvida dos fenómenos políticos, é perfeitamete compreensível.
O que, muito sinceramente, me causa maior perplexidade é perceber que grande parte dos estudantes do Ensino Superior (e muitos de Faculdades de Direito) sentem e pensam o mesmo e pior de tudo... não conseguem percebe-lo, preferindo optar por discursos portadores de um pensamento redutor sobre o assunto: "São todos iguais", "Isso não me interessa", "Só querem poleiro".
Alguns não sabem como é composto um partido, como funciona, nem o que defende ao certo mas como sabem como funciona o nosso sistema político julgam estar no direito de chamar todos os nomes aos políticos que o compõem. Sem tentar perceber o porquê das deficiências, ou percebendo-o recusando-lhe uma solução. Afinal é mais fácil usar as frases do costume que já exemplifiquei, acabar com eles e todos e depois se veria...
A mesma situação, e de modo ainda mais acentuado, acontece com as juventudes partidárias. Muitos de nós fazemos parte de qualquer uma delas. Para essas pessoas, para esses colegas, não passamos de alguém que quer ser Primeiro-Ministro (pelo menos...), possuímos uma ambição desmedida que nos permite vender a nossa mãe em caso de necessidade premente e não olhamos a meios para atingir os fins. Isso deixa-me triste. Não porque ache que as jotas e os partidos sejam perfeitos, longe disso: a jota a que pertenço tem muitas das debilidades que também afectam todas as outras e o meu partido às vezes só me desilude enquanto máquina partidária, coisa que acontecerá também com todos os outros. Deixa-me sim triste porque essas pessoas não percebem ou não querem perceber que existe gente disposta a trabalhar desinteressadamente, que simplesmente se identifica com valores comuns a uma jota e por isso sente-se motivado e empenhado em participar nas suas actividades.
Este preconceito é sem dúvida gravíssimo vindo de alunos inteligentes como certamente serão os da Faculdade de Direito de Lisboa. Às vezes nem acredito no quão longe conseguem levar uma ideia pré-concebida que parecem acreditar religiosamente mas que, se pensarem 5 minutos, percebem ser tanto irreal como injusta.
Friday, October 13, 2006
A força das leis politicas
"Mas aquilo estava cheio, não estava?
"Népia, nem por isso. Para o que costuma... mas porquê?"
"Aí há umas horas passei aí e estava cheiíssimo. Mas vi muita miudagem a sair de lá. Uns que vieram aqui comigo, contaram-me que estava dificil para entrar, que já tinham sido expulsos de mais dois ou três sitios porque a semana passada saiu uma reportagem sobre esta discoteca e o facto de o sitio permitir a entrada de miudos com menos de 16 anos." Sim, eu sei. Eu próprio comecei a ir lá com 14 anos. Mas pergunto-lhe, o senhor é contra isso?"
"Claro que sou. Ás vezes apanho miudos com 12, 13 anos aqui em santos á noite e eles vão num estado que ultrapassa o lastimoso. Se um dia a policia lá vai, provavelmente haverão muitos establecimentos a encerrar"
"Eu discordo. - disse logo. Já assisti a rusgas dentro daquele sitio especifico, e nunca foi, como podemos ver, fechado. Aliás até ser percebe. Suponhamos que o senhor, agora e até ali á frente, decide andar a mais 10 Km por hora do que lhe é permitido. Está no fundo a infringir uma lei, do limite de velocidade. Ou se um rapaz estiver na rua e se entusiasmar demasiado com uma rapariga com quem esteja, também pode estar a infringir a lei do pudor. E alguém lhe diria alguma coisa? Em alguma destas situações? Não!"
"Mas devia - Replicou o taxista. Têm a obrigação disso. As leis existem, e existem para cumprir. Se eu ultrapassar o limitide de velocidade, ponho em causa a minha segurança e a dos outros. Tal como deixarem entrar um miudo de 11 anos numa discoteca ou num clube ele sabe que não devia estar lá, e as pessoas que o vêm bastante bebado e lhe continuam a vender bebidas para assegurar o lucro da casa. A saúde do rapaz está a ser posta seriamente em causa. As leis não são feitas ao acaso, têm uma razão de ser e devem ser estrictamente cumpridas."
Foi nesta altura que me pus a pensar numa série de coisas. Lembrei-me de alguns dos colaboradores deste blog. E então disse:
"Acho que sou obrigado a discordar do senhor. Eu tenho um conjunto de amigos meus que se têm esforçado bastante, por legalizar as drogas leves e o IVG. Assim como a prostituição. E para dizer a verdade, o assunto não é assim tão ridiculo ou boémio como poder parecer á primeira vista.
O aborto é legal. Quase. Por mais que a lei o impeça ele ocorre. Centenas de raparigas desesperadas procuram-no, nos cantos mais reconcitos dos suburbios de Lisboa. Conheci mesmo uma rapariga assim: 17 anos, sem possibilidade de ter um filho, foi até á Amadora para poder ter um aborto. Uma clinica tão suja que eu nem arriscava utilizar a sua casa de banho. Mas foi e fê-lo. Teve alguns problemas de saúde, mas ao fim de algum tempo e felizmente, ficou a 100%. E este tipo de negócios pouco escropulosos que visam lucro fácil existe por causa do aborto. Que existe independentemente da lei.
Tal como nas discotecas, onde a discoteca que deixar entrar miudos a partir dos 14 anos, contra a lei, apanha toda a facha etária entre os 14 e os 16 anos. Ganha mais de mil clientes habituais, se tivermos em conta que é provavelmente a unica da cidade que faz isso. Portanto nem sequer tem de disputar estes clientes. E assim aumenta o seu lucro em bastante...
Por fim, a questão das drogas leves. E sejamos realistas, tá a ver aquele canto ali, ou aquela esquina do fundo? - e apontei - Vê algum policia? Não! Algum agente que sirva o estado? Não! E se eu quiser tomar alguma droga naqueles sitios, quem me impede? Ou a vender... ? Responda-me então, as drogas leves são ilegais em Portugal? O facto de, ao contrário da Holanda, o estado não ter qualquer responsabilidade na sua venda, aumenta os preços no trafego ilegal, a clandestinidade em que isto se passa e a aumenta a proximidade ás drogas pesadas. E é, humanamente impossível, contratar o suficiente numero de forças e instituos que possam controlar todos os establecimentos, todas as ruas, todos os cantos... Diga-me, já conheceu, honestamente, alguém que deixa-se de tomar drogas leves por ser ilegal? "
"Bem, agora apresenta-me algumas questões mais complicadas. Acho que o aborto é o ponto mais importante, porque de facto sem condições de saúde vão continuar a haver muitos problemas para a sociedade. Também a prostituição que referiu á pouco é um ponto preocupante. Há uns anos, alguém que quisesse frequentar as prostitutas não apanhava doenças, e mesmo assim a policia andava muito mais em cima (...) Agora é muito mais fácil para elas fazerem o que quiserem, andam aí... impedi-las de o fazer é impossível, a actividade existe em todo o Mundo, até dizem que é a mais antiga profissão... mas noutros países é exercida com mais respeito, e com controlo do ministério da saúde. São sujeitas a realizar um exame médico de X em X tempo, caso contrário não podem exercer. Isto torna a actividade mais saudável, evita a propagação das DST's, e até a torna mais respeitável, sendo que impede o proxenetismo etc. "
"Sim, legalizar trata-se disso. Não é permitir que as coisas sejam feitas, porque elas já são feitas! É permitir que sejam feitas com supervisionamento, com ordem, com condições e respeito. Quem é cego para continuar a impedi-las, para não reconhecer o que existe á frente dos nossos olhos, mostra-se demasiado irresponsável para poder dar uma palavra.
As coisas não podem ser impedidas. Como o fazer? Enchemos as esquinas de policias á procura de prostitutas (mesmo quando todos sabemos onde elas estão) e prendemo-las? Ou as clinicas, procurando onde o aborto é feito clandestinamente. Ou os becos, para poder encarcerar aqueles que tomam, calmamente e sem incomodar os outros, as suas drogas leves. Ou ainda as dicsotecas... No fundo todos nós pisámos o risko da lei algumas vezes. É pisado devido á sua própria existencia. Evitar isso obriga o estado a dispôr de uma força que não tem, e que se for criada, o torna num regime muito menos flexível, mais rigido, mais dictatorial. Sermos democratas e liberais, obriga-nos a aceitar algumas condições na sociedade mais repreensíveis. Obriga-nos a aceitar que nem sempre as leis que podemos criar, têm alguma utilidade prática. Só o tempo que leva entre uma inspecção policial encontrar meninos mais novos num bar, e o encerramento do mesmo, por entre várias burocracias, e truques judiciais (no nosso veloz sistema tuga) era o suficiente para a barwoman mais jovem morrer, e o DJ ficar maneta. Talvez seja mais fácil, simplesmente aceitar, ou alterar a lei. Ou criar uma discoteca só para gente naquela facha etária onde o alcool fosse mais moderado, e que evitasse chatisses.
Que se trafique nos cantos, que se prostitua nas esquinas, que se aborte nos becos! Democrata como sou, defendo qualquer hipótese acima da ditadura... Já agora, arranjava-me aqui 25 cent d troco?"
"Com certesa meu jovem. Prazer em falar consigo. Boa noite e bom fim de semana"
"Igualmente, e obrigado"
Cada vez conheço mais taxistas...
O Aparelhismo Politico
Ainda há dias ouvia alguém da minha faculdade dizendo que gostava muito do Engenheiro José Sócrates, e que era um excelente primeiro-ministro, mas que do seu corpo governativo faziam parte muitas pessoas bastante menos competentes do que ele.
Antes de mais, assumo não conbhecer todos os ministros do actual governo, e portanto gostava de sublinhar que não estou aqui a criar nenhuma critica especifica contra este ou aquele elemento. Mas quem partilha a opinião do meu colega, crê também que não há motivo plausível para que os cargos politicos sejam dadas a pessoas que não têm a qualidade nessessária para os preenxer (se o Sócrates é bom, pensará o meu colega, porque motivo não selecionou melhores ministros?) a não ser o dito e falado poder interno.
Passa portanto a imagem de que antes de o Engenheiro José Sócrates ser primeiro-ministro, foi secretário geral do Partido Socialista. E que para isso, teve de ganhar a força dentro do partido para poder ser secretário-geral e primeiro-ministro. Ou seja, convocou as pessoas que detinham mais força, mais votos e ofreceu-lhes ministérios independentemente da sua capacidade técnica, ou organizativa ou o que for. E se essas pessoas forem francamente más, todos nós saímos prejudicados, e por isso surgem tantos protestos contra este e aquele ministro. É esta a imagem que passa.
Como podemos melhorar a imagem da classe e valorizar a actividade politica, e em simultaneo engolir os sapos suficientes para ganhar uma eleição a representante máximo do partido? Dificil. Talvez nos cabe a nós jovens, explicarmos ás pessoas que não é bem assim, que se calhar as opções até são correctas, e que podemos confiar nas escolhas do melhor primeiro ministro que Portugal já teve. E que nem tudo no PS funciona em regime de "um pensa, 6 fazem, 300 votam" e que os partidos têm uma função mais abrangente do que preparar eleições internas e externas, e que no fundo até somos boas pessoas!
Orgulho-me de ser politico.
Wednesday, October 11, 2006
Pedro Vaz candidato à Federação Distrital de Aveiro da JS
Friday, October 06, 2006
Manifestações dos professores de 5 de Outubro
É verdade que os professores tinham que ver o seu estatuto alterado, é verdade que a educação sofre muito com a existência de vários professores incompetentes, é verdade que há necessidade dos professores trabalharem mais e melhor, mas também não deixa de ser verdade que existem palermices como as aulas de substituição que não têm lógica nenhuma e que a Dr. Maria de Lurdes Rodrigues teima em querer aplicar. Isto para não falar nas condições de trabalho de muitos docentes que com 10 anos de carreira ainda estão precários.
Igreja Católica já faz campanha pelo NÃO no Referendo
Linha alegrista dá mais um tiro nos pés
Tuesday, October 03, 2006
Joana Amaral Dias de volta ao Bicho Carpinteiro
Parece que a Joana Amaral Dias voltou com grande actividade à blogosfera. Ficamos contentes por isso.
Passou-se hoje na Coreia do Norte
Monday, October 02, 2006
Lula de novo. Com a força do povo?
Mas sabemos também que o Partido dos Trabalhadores mudou muito na sua forma de ver a política, sabemos que o PT embora ainda concorra coligado com o PCdoB, deixou a sua linhagem marxista escapar empurrando nomes como a candidata Eloísa Helena para fora da sua estrutura. Quando olhamos para o Partido dos Trabalhadores vemos que o mesmo agora se encontra como observador da Internacional Socialista (em Portugal representada pelo PS), vemos um partido que se soube modernizar e adaptar ao século XXI, mas que em conjunto com este processo abriu as portas a políticos como os que tiveram envolvidos no mensalão e como os recentemente detidos, acusados de comprarem documentos para aniquilar politicamente membros da oposição.
Olhamos agora para um Brasil que se prepara para ir à segunda volta e optar entre um Lula que sabemos honesto, trabalhador e competente, mas que até hoje mostrou não se saber rodear de pessoas com princípios e fiéis aos verdadeiros ideais programáticos do PT, ou entre Geraldo Alckmin, um social-democrata da mesma família política do actual PT e que parece ter subido nas sondagens devido ao seu excelente trabalho como governador do estado de São Paulo.
Se fosse brasileiro e tivesse que ir às urnas no próximo dia 29 ficaria bastante confuso. Entre um candidato corajoso e competente mas que não se soube rodear e entre um candidato praticamente desconhecido e que não me daria certezas de uma governação de esquerda. Entre as duas opções provavelmente votaria Lula… Para ver se com a força do povo desta vês teremos um Brasil diferente!
A liberdade está a passar por aqui
Saturday, August 19, 2006
Saturday, August 05, 2006
Obrigado Srª Ministra
- Os resultados dos exames foram ainda mais baixos que nos anos anteriores, sendo a média nacional das notas do exame de quimica de 5.7.
- As Sociedades Portuguesas de Quimica e de Fisica reclamaram alegando que os exames estavam mal redigidos e alguns professores universitários, especialistas na matéria, levaram, segundo eles, duas horas a resolver os exames, o mesmo tempo que era concedido a alunos de 12º ano para o fazerem.
- Inumeras associações de Pais e Professores, pelo país todo, pediram ao ministério a anulação dos resultados dos exames, pois estes prejudicariam as candidaturas ao ensino superior
- Os Critérios de correcção eram demasiado rigidos motivo que baixou a cotação das respostas.
- Para terminar, e aquela que é na minha opinião a razão pela qual os alunos sentiram dificuldades na resolução, pelo menos do exame de quimica, foi o facto de o programa ser totalmente novo, e nem os alunos nem os professores terem a noção daquilo que seria exigido sobre aquela matéria em exame. Resulta portanto num peso dado ao ensino de determinadas secções da matéria nas avaliações ao longo do ano, por parte dos professores, totalmente diferente do peso dessas mesmas matérias em exame. E isto ocorre porque o programa é muitissimo extenso.
Mas como é óbvio, nem todos concordam.
Levanta-se antes de mais, o problema dos alunos que decidiram fazer o exame apenas na segunda fase, não terão a mesma opurtunidade daqueles que fizeram em primeira fase, de repetir. Por outro lado, aqueles que fizeram o exame na primeira fase e o repetiram, não poderão apresentar uma nota melhorada a quimica ou fisica na segunda fase de candidatura. A menos que se crie uma terceira fase de exames de quimica e fisica, mas isso seria exagerar. Por fim, há vários especialistas que afirmam injusto esta opurtunidade de ouro ser apenas atribuida aos alunos de quimica e fisica, e não aos alunos de todas as outras disciplinas. Queixam-se os professores de Matemática, História, Biologia e Geologia de que os seus exames também deviam ter sido repetidos. Porque no fundo, num momento de exame nacional, não é só a competencia dos alunos mas sim também a dos professores, que é testada.
Pela minha parte agradeço muito á Srª Ministra da Educação, ter-me proporcionado que me candidatasse na primeira fase, com pelo menos mais 4 valores do que o meu primeiro exame de quimica tinha sido cotado. Acho que se justifica ser tomada uma medida, pois de facto houve vários erros na redação dos exames, mas não sei se esta (arrojada)decisão foi a melhor. Contudo abstenho-me de me pronunciar mais sobre o sucedido, pois dificilmente o faria de forma imparcial: beneficiou-me imenso=D
Friday, July 07, 2006
Um olhar sobre a Faculdade de Direito de Lisboa
Todas as minhas visões e opiniões sobre a nossa academia serão publicadas em exclusivo neste blog.
Uma vergonha...
Sim, uma vergonha a postura da oposição ao Governo no caso do veto presidencial à lei da paridade. Apesar de ser pessoalmente contra a dita lei, e deixando essa discussão de parte, acho que todo o processo foi bem gerido, quer pelo PS quer pelo Presidente, sendo até muito compreensível, mesmo para quem defenda a existência da lei, a razão do veto. O PS percebeu-o e reformulou-o. Dentro dos trâmites constitucionais normais, a AR, depois de aprovar o diploma, envia-o novamente ao PR para promulgação.
Mas este processo, de resto regulado por um qualquer artigo da Constituição que as minhas saudosas aulas de Direito Constitucional I não me permitem lembrar e a minha preguiça em tirar a Constituição da estante não me possibilita verificar , fez estranheza à oposição. Porque era "desrespeitar e desafiar o Presidente". Oh meus amigos... !!
Sunday, July 02, 2006
Pedro Adão e Silva no seu melhor
Avaliação dos docentes na Faculdade de Direito de Lisboa
O que acontece é que na última reunião do Conselho Pedagógico da FDL, fomos confrontados, através do Professor Loureiro Bastos, com um excelente projecto de avaliação dos docentes por parte da reitoria da Universidade de Lisboa, com recurso a formulários preenchidos pelos alunos. As perguntas que constam dos mesmos visam avaliar não só os assistentes, mas também os regentes, as cadeiras e vários outros aspectos contemplados no Processo de Bolonha. Tendo já tido acesso a um esboço destes mesmos formulários cabe-me apenas apontar o facto de serem um pouco extensivos relativamente ao número de perguntas.
Depois desta reunião, os conselheiros pedagógicos representantes dos discentes, reuniram com o intuito de avaliar e sugerir modificações aos formulários da Universidade de Lisboa. Durante a reunião, surgiu o debate sobre o facto de, com estes novos formulários, deixar de ser necessário a AAFDL realizar os habituais questionários de avaliação aos assistentes, serviços da faculdade e da associação académica. A maioria dos conselheiros considerou que não existe necessidade de haver uma dualidade de avaliações por parte dos alunos e que os actuais inquéritos da AAFDL no futuro se deveriam apenas singir aos serviços prestados pela associação e pela faculdade.
A minha opinião, dentro do grupo de discentes do conselho pedagógico, é minoritária, mas de qualquer maneira sinto-me na obrigação da partilhar com os alunos que me elegeram em Dezembro passado para os representar neste órgão. Na verdade, o meu ponto de vista parte, em primeiro lugar, do facto do tratamento dos dados no caso dos inquéritos da reitoria ser feito ainda não se sabe bem por quem, enquanto que os da AAFDL são feitos pelos alunos, o que pode permitir à própria associação funcionar como um meio de fiscalização dos resultados dos inquéritos da UL. Para além disto, ainda não ficou esclarecido quem vai ter acesso aos resultados da UL, se os mesmos vão ser apresentados em bruto, como vão ser filtrados e se vão chegar aos órgãos das faculdades.
De salutar ainda que a abertura destes inquéritos por parte da UL à avaliação aos regentes e às próprias cadeiras, pode ser uma rampa de lançamento para uma maior abrangência de questões aos inquéritos realizados pela AAFDL. Cabe-me apenas, apelar à direcção da associação e às possíveis listas que surgirão no próximo ano lectivo, para que haja um compromisso com os estudantes de que se manterão os inquéritos aos alunos para a avaliação dos docentes, sem prejuízo de toda a cooperação possível para o bom funcionamento destes novos inquéritos feitos pela equipa reitorial liderada pelo Professor Sampaio da Nóvoa.
México pode eleger hoje um presidente de esquerda. Força Lopez Obrador!
Mais uma vez a idiotice do Sr. Valente
Saturday, July 01, 2006
Frase da semana
Friday, June 30, 2006
E agora?
Tuesday, June 27, 2006
No passado sábado, tomei parte numa manifestação que gritou bem alto pela avenida da liberdade "Homem ou Mulher, eu durmo com quem quiser!".
Antes de mais, sublinho que ao contrário do que possa parecer, esta não era uma manifestação do orgulho gay. E sempre me opus a essas. Não compreendo o motivo de as pessoas quererem afirmar a sua sexualidade publicamente, pois eu não faço o mesmo nem sinto essa nessessidade.
Contudo, esta manifestação protestava contra a homofobia. Tendo como exemplo mais rcente o assassinato de "Gilberta" o travesti assassinado no Norte, muitos homossexuais e heteróssexuais juntaram-se numa tarde sem compreender o porquê de um ódio que leva alguns (dos mais novos até) a matar, pessoas que simplesmente não têm a mesma orientação sexual que a nossa. E é inaceitável num país que se diz minimamente liberal, haverem continuamente situações de descriminação, que pdoe em alguns casos levar á violencia, de pessoas homossexuais.
A JS/FAUL marcou presença neste evento, afirmando-se mais uma vez do lado de uma minoria ainda rejeitada em Portugal, ao lado de pessoas que são ainda desfavorecidas pela constituição Portuguesa. É combate da JS a igualdade de direitos entre todos os cidadãos, e uma luta mais recente mas muito importante no caso especifico dos homossexuais. E para mim assumidamente heteróssexual e jovem socialista, devo dizer que foi com grande honra que estive lado a lado com muitas pessoas de orientação sexual diferente da minha, mas com um mesmo fim em vista: acabar com a discriminação.
Nunca serei contra a homossexualidade. Mas serei sempre contra a homofobia
Friday, June 23, 2006
Tuesday, June 20, 2006
Eis que algures na blogosfera...
(José Medeiros Ferreira, in bichos-carpinteiros.blogspot.com)
E o Debate...
Desiludiu-me bastante a postura do João Tiago Henriques. Demasiado agressivo, propõe renovar a JS do zero, mas afirma ter todo o respeito pelos 30 anos que nos antecedem. Propõe melhorar mil vezes a JS, cativar a atenção dos jovens Portugueses, melhorar as suas condições, contactar com tudo e com todos, através... do debate. Nem uma actividade foi discutida ontem, por parte deste camarada. O que me deixa a pensar que nenhuma será promovida pelo secretariado nacional, além do... debate. O debate. É exclusivamente de debate que viverá a JS liderada pelo João Tiago. Nem sequer da utilização das conclusões deste debate, o que me deixa a pensar que será um debate que durará 2 anos. Será que é essa a noção que ele tem sobre a prioridade duma Juventude Partidária?
A unica atitude concreta a tomar pelo João Tiago, e nas palavras do mesmo, será alargar o contacto do secretariado nacional, aos 50000 militantes da JS. Apesar de dizer seguidamente que este consistirá apenas em renuiões periodicas com os coordenadores concelhios (o que na minha concelhia significa que se reunirá com 1 gajo de 2600, que infelizmente nem sou eu) Ele segue que este contacto será feito pela net. Uma novidade estrondosa, para mim que nunca recebi um e-mail da JS. Ou então adicionam-se num grupo Hi5 os 50000. Desde os que têm 29 anos, e se inscreveram (e cagaram) aos 14, áqueles que se inscreveram para ajudar os amigos a ter votos, ou os que se inscreveram e já nem se lembravam. E quem afirma que terá a participação de todos os militantes, não conhece a JS. Portanto não a pode liderar.
De resto o debate perdeu o interesse quando o João Tiago procurou provocar os camaradas que assistiam ao debate, e não compreendiam a fundo tanto os métodos que este camarada procurará utilizar quando for secretário geral (pois ele comete ao longo do seu discurso, várias incongruencias) como as acusações que eram dirigidas ao Pedro Nuno, das quais nenhuma, e mesmo após vários pedidos, foi especificada.
Quanto ao pedro Nuno, assumiu uma postura muito menos agressiva para com os militantes presentes. Ideológicamente representou uma geração que quer ser, de facto, ouvida. Sem divagar demasiado, apresentou todas as propostas trabalhadas pelo secretariado nacional durante o ultimo mandato, e muitas mais trazidas a lume durante o próximo. Explicou a razão de ser da JS durante um ano em que o PS constitui um governo absoluto. Foi mais claro e mais concreto que o seu adversário, e eu tenho a certesa de novo que posso confiar no Pedro Nuno Santos.
O Pedro tem orgulho em ser de esquerda. E ser demasiado á esquerda, não consiste de forma nenhuma em ser a favor das drogas leves, ou do casamento Homossexual. Eu sou contra as drogas leves, e contra o casamento em geral; não obstante considero-me (e consideram-me) muito á esquerda, porque tenho uma noção extrema de igualdade e dos meios para a atingir. Isso é que é ser de esquerda, e só me alegra saber que o secretário geral da minha Juventude Partidária, tem orgulho em ser de Esquerda. E as propostas mais arrojadas apresentadas pela JS não dão protagonismo ao Pedro, DÃO-NO Á JS ! E se alguém não pretender protagonismo para a JS sobretudo alguém que afirma que quer aproximar a JS dos jovens e da sociedade civil, nem sequer é digno de se mostrar como militante!
Dou mais uma vez os Parabéns ao camarada Manuel Portugal Lage, que foi o mais imparcial que lhe pudia ter sido exigido, acalmando muitas vezes as vozes de discordancia que surgiam, pois assim mandavam as regras do debate. E agradeço ao camarada João Roseta que distribuio duas cervejas pelos dois candidatos, independentemente de ter ou não sido em tom de provocação: eu fiquei com uma delas.
Despeço-me com a clara certesa de que vou gostar bastante do congresso nacional
Sunday, June 18, 2006
Nacional futebolismo? Tenham piedade...
De um momento para o outro acabou a a crise e a selecção de futebol pôs cobro à depressão nacional. A Opel da Azambuja continua a querer ir embora, mas o que importa realmente é que ganhamos ao Irão... Tenham piedade!
Tuesday, June 13, 2006
Tuesday, June 06, 2006
Sunday, May 28, 2006
Uma Esquerda Moderna para o século XXI
Um partido deve ser olhado, em primeiro lugar, tendo em conta o seu passado, a sua história enquanto movimento que tem sempre na sua génese a defesa de um método de governação, de um conjunto de valores e muitas vezes um conjunto de princípios que posteriormente servirão para construir a sua agenda política. Observando a questão neste prisma, temos um Partido Socialista nascido na primavera de 1974 e que conseguiu juntar um conjunto de pessoas que tinham em comum uma visão democrática de esquerda para Portugal. Para além disso é preciso lembrar a família europeia e internacional do PS, onde tivemos personalidades como Willy Brandt, Olof Palme, Felipe Gonzalez, Mitterrand e Yasser Arafat. Políticos que em cantos diferentes do mundo construíram uma ideologia do socialismo democrático do século XX, fomentando a paz e uma maior equidade social.
Do lado do PSD temos um partido que vive a reboque, desde da morte de Sá Carneiro, de um conjunto de personalidades que comungam de uma ideologia que não se sabe bem se conservadora de direita ou apenas neo-liberal, mas que será certamente tudo menos social-democrata. Comprovamos isso quando temos uma defesa de políticas que anulam por completo o sentido de Estado Social keyneziano pelo qual se bateram verdadeiramente os democratas de esquerda no século passado. O PSD há muito tempo que deixou de olhar o estado enquanto estratega da economia e regulador do ponto de vista social, a quem cabe construir uma nação forte não só de ponto de vista económico, mas também do ponto de vista social, ambiental, cultural e principalmente humano.
Mas é certo e sabido que a política deve contemplar a construção de um futuro e não só a análise de um passado, embora por vezes seja necessário perceber o passado, para compreender o presente e prever o futuro. Nisso o PS continua, mais uma vez, apostado em construir uma visão de uma esquerda moderna, que se orgulha do seu passado e das conquistas da democracia e da esquerda no seu todo, mas que tenta projectar um futuro em que tenhamos um Portugal mais forte e empreendedor, onde não exista uma clivagem social tão acentuada e onde os grandes interesses (farmácias por exemplo) não prejudiquem o desenvolvimento do nosso país. Enquanto isso o PSD perde-se em sucessivos congressos, à deriva não só na sua liderança, mas igualmente na agenda política que quer para o nosso país. Neste momento a social-democracia laranja não consegue influenciar a governação, não consegue lançar grandes temas para a discussão nacional, não consegue fazer oposição credível e nem sequer consegue construir e solidificar o ser próprio espaço político.
Afinal muitas são as diferenças entre um Esquerda Moderna e responsável apostada em construir um risonho século XXI e a social-democracia laranja que parece estar apagada e perdida num qualquer beco político do nosso país.
Friday, May 26, 2006
IMAGINAI-OS…
Ora, imaginai-os! Imaginai os feirenses servidos por uma rede de transportes capaz de responder às suas necessidades. Imaginai os feirenses a esperarem menos que três meses para obterem uma simples licença de construção de um muro. Imaginai os feirenses a poderem consultar um Plano Director Municipal legal e acabado. Imaginai os feirenses a disporem de Zonas Industriais capazes de albergarem as indústrias existentes com o mínimo de dignidade. Imaginai os feirenses (não desistam, eu sei que para isto é precisa muita imaginação mesmo) a viverem num concelho com saneamento básico concluído.
Vá! Esqueçam as estradas miseráveis (esburacadas e mal iluminadas) de que dispomos. Esqueçam a quase ausência de transportes públicos no nosso concelho. Não lembrem o que se passa (e o que não se passa) no Pelouro das Obras da nossa Câmara. Tirem da vossa mente que não existe um Plano Director Municipal válido neste concelho. Afastem a ideia de que as Zonas Industriais devidamente equipadas só existem no papel. Saneamento? Já que ninguém o fez… esqueçam-no!
Não é bonito o mundo “imaginarius”? Não dei por perdido o tempo que passei a imaginar. Aliás, tenho a sensação de que quem elabora o Plano de Actividades da nossa Câmara é a mesma pessoa que dirige este “Imaginarius”. Ou talvez não… se assim fosse os Planos não seriam iguais ano após ano, sempre haveria imaginação!
É sempre bom poder imaginar. Tenho a certeza que no ano que vem vamos ser novamente convidados para o “Imaginarius”. Quanto aos transportes, Plano Director Municipal, Zonas Industriais, saneamento básico… imaginai-os!
Santa Maria da Feira, 25/05/2006
Leandro Reis
Thursday, May 25, 2006
A Federação Distrital de Setúbal da Juventude Socialista promove, no dia 27 de Maio (Sábado) pelas 15 horas no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários da Salvação Pública, no Barreiro, uma sessão pública de esclarecimento cuja temática será o Protocolo de Bolonha.
1º Painel
· Prof. Dr. José Lopes da Silva – Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas
Certamente que este tema despertará o teu interesse. Participa!
Wednesday, May 24, 2006
Parabéns à comissão de finalistas do 3º ano
Gostei do debate entre as jotas
Monday, May 22, 2006
Aeroporto na Ota?
Alguns políticos (basicamente da oposição ao actual governo) defendem que a construção do novo Aeroporto Internacional de Lisboa não seja realizada, segundo os mesmos, a bem das nossas contas públicas e para que não haja gastos desnecessários.
Ora, em primeiro lugar, a cidade de Lisboa tem o seu aeroporto com a capacidade muito próxima do limite. Em segundo, a existência de um aeroporto na Portela, localizado próximo de zonas habitacionais e num espaço que estrangula o desenvolvimento da própria cidade são pontos que devem ser convenientemente pensados, para não falar no ruído que é provocado pelo tráfego aéreo.
Por outro lado, a existência do Aeroporto da Ota permitirá o desenvolvimento de zonas como a região Oeste cujos problemas de cariz social e o desemprego têm vindo a alastrar. Nesta guerra entre aeroporto aqui ou acolá, devemos pensar nos custos directos e nos indirectos e ponderar quais as melhores opções. Devemos pensar no facto de agora podermos construí-lo com apoios comunitários e que no futuro teremos que ser apenas nós a suportar esse esforço financeiro.
Por tudo isso eu defendo o Aeroporto da Ota.
Saturday, May 20, 2006
Tenho dito
"Nós para fazermos aquilo em que acreditamos temos de ganhar eleições!"
Friday, May 19, 2006
Força Futsal da AAFDL!
Para além dos jogadores, é preciso lembrar aqueles que acompanharam a equipa em todos os jogos e vivem verdadeiramente o espírito da mesma. Agora ergam a cabeça rapazes e força que a Holanda está à vossa espera e não se esqueçam que a viajem foi conquistada por vocês, contra todos aqueles que a tentaram impedir.
Wednesday, May 17, 2006
Se ainda houver justiça no futebol o Belém fica na Superliga!
Monday, May 15, 2006
Os sonhadores
Realizador: Bernardo Bertolucci
Disponível em DVD
Maio de 68. Um jovem californiano é enviado pela família para Paris com o objectivo de aprender a língua e perde-se na magia do cinema, frequentando assiduamente a cinemateca de Paris. Tempos mais tarde a mesma é mandada encerrar pelo governo, o que gera uma revolta juvenil que provoca acesas lutas entre os estudantes e a polícia.
O jovem americano vê-se, de um momento para o outro, envolvido num destes confrontos e lá conhece um casal de irmãos que o irá marcar para sempre. Em poucos dias muda-se para casa deles e descobre uma relação de incesto repleta de erotismo e sedução, onde o cinema, o maoismo e o gosto pela “culture de la gauche caviar” o fascinam mas ao mesmo tempo amedrontam.
Seguem-se dias e noites de sexo, discussão cinéfila, política e divagações sobre a vida e a guerra do Vietname. Duas culturas em choque, de um lado um jovem americano nascido a admirar os heróis da guerra, do outro um casal de irmãos, filhos de um importante intelectual parisiense, para os quais o filme perfeito incluiria os guardas de Mao, munidos de livros vermelhos e não de armas, a espalharem a revolução cultural pelo mundo tal como faziam na China.
Os dias repetem-se e o jovem ianque questiona-se cada vez mais sobre os porquês disto tudo, reinventa-se enquanto pacifista mas rejeita as teorias comunistas. Questiona os seus novos amigos e amantes sobre o porquê de se fecharem em casa em vez de estarem com os seus camaradas na rua. Não obtém nenhuma resposta.
Um dia, enquanto dormiam embebidos por vinhos caros e depois de mais uma noite de orgia, foram acordados pelo eclodir da revolução, que lhes havia entrado em casa. Saíram para à rua e juntaram-se aos jovens que empenhavam bandeiras vermelhas e gritavam que o poder estava na rua.
No meio da manifestação os seus novos amigos decidiram atacar a polícia com cocktails molotof, o jovem americano tentou alerta-los que isso também seria violência. Assim se separaram os três colegas, o ianque decidiu não ir, enquanto o casal francês continuou a lutar. Assim terminou o filme, ao som de Edit Piaf, com a magia de um cinema de intervenção que faz continuar a sonhar, sem precisar de nenhum descruzar de pernas para ter erotismo, nem de nenhum picador de gelo para ter uma acção forte e capaz de nos colar em frente ao televisor.
10 Perguntas sobre a AAFDL
2 - Porque é que se expulsa da AAFDL um colaborador por ter escrito no blog da lista R sobre problemas que se passavam na mesma?
3 - Porque é que a associação académica afixou cartazes A0 quando foram as eleições da AAL (Associação Académica de Lisboa) e foram eleitos o colega Bruno Cabral para a direcção e o colega André Rijo para a mesa; e não afixou recentemente quando foram as eleições para a ADESL (Associação do Desporto do Ensino Superior de Lisboa) e o colega caloiro Tiago Rosado foi eleito para a direcção e a colega Ália para o conselho jurisdicional?
4 - Afinal, porque é que um destacado membro do Núcleo de Surf e Bodyboard da FDL tentou alegadamente agredir o presidente da AAFDL na cantina?
5 – Recentemente foram as eleições para a reitoria da Universidade de Lisboa que elegeram como reitor o Professor Sampaio da Nóvoa. Porque razões só compareceram à votação meia dúzia de colegas da nossa faculdade, quando haviam quase vinte com direito a voto? De salutar que também ninguém justificou a falta ou pediu substituição.
6 – Porque é que a última edição da Iuris Grafia data de Outubro/Novembro/Dezembro de 2005? Será que este atraso se deve ao facto da direcção ter expulso a editora Inês Ramalho e a mim próprio?
7 – Porque é que nos últimos anos, sendo nós de uma faculdade de direito com elevado historial político, não lançamos nenhuma candidatura aos órgãos nacionais do ensino superior? Até Belas-Artes lançou…
8 – Porque é que os altos dirigentes da AAFDL que sempre se manifestaram contra e tentaram mesmo impedir a viagem da equipa de futsal à Holanda estiveram na final do campeonato feminino da UL onde a equipa da nossa faculdade jogou?
9 – Porque razão o site da AAFDL não sofreu nenhuma remodelação e continua obsoleto e pouco funcional?
10 – Porque é que na primeira festa após terem retirado o departamento recreativo da vice-presidência do André Couto (Festa de Baco), houve tanta confusão que o Conselho Directivo tentou proibir a realização da próxima festa da cerveja no último dia do ano? Mas felizmente parece que teremos, pelos menos, uma versão reduzida da mesma, caros dirigentes da AAFDL, os estudantes da FDL merecem certamente melhor…
Friday, April 28, 2006
O arrivismo caciqueiro dos nossos dias
Comemoramos recentemente as conquistas de Abril, as portas que esta data nos abriu e que já mais alguém as poderá fechar. A liberdade é pois a grande conquista de todos aqueles, que em todas as épocas ousaram expressar a sua opinião, lutando contra ventos e marés por um mundo melhor. Temos que ter ciente que a actividade política ou mesmo associativa não deve ser mais que isso mesmo, a luta por um mundo melhor, com base na nossa concepção de sociedade perfeita. É por essa razão que sempre fiz questão de expressar publicamente a minha opinião sobre todos os assuntos que acho pertinentes na nossa academia e é por acreditar na liberdade de expressão que sempre tive a coragem de assinar todos os meus textos. Na minha opinião a liberdade só faz sentido se soubermos dar a cara pelas coisas que defendemos, de outra forma a mesma torna-se em arrivismo puro, por parte de pessoas adultas do ponto de vista das matrículas, mas politicamente imberbes e mal formadas.
Aceito qualquer tipo de crítica que me façam e sei reconhecer quando estou errado ou quando simplesmente defraudei as expectativas de algumas pessoas, mas não consigo aceitar que colegas meus e eu próprio sejamos constantemente atacados de forma pouco polida e completamente ignóbil. Não faz sentido trazer à baila política questões como o aspecto físico das pessoas e outras questões meramente pessoais e que em nada vêm enriquecer o debate em torno de qual será o melhor futuro para a nossa academia. Aliás, são formas de combate como estas que afastam cada vez mais os jovens da política e a tornam suja. Porque sujo não é chegar a uma reunião de lista e apresentar um projecto alternativo e que por acaso até saiu vencedor, mas é sim fazer constantemente humor negro e desprovido de qualquer lógica que vise o debate político, atacando apenas pessoas que não precisam da associação académica para viver e muito menos para vencer na vida, mas que sempre mostraram desde da primeira hora estarem preparadas para trabalhar, quer por mero hobbie, companheirismo e até amizade pessoal.
Quando me retiraram a confiança política na AAFDL alegaram que eu me escondia em blogs, mas nunca cheguei a perceber bem até que ponto isso seria mesmo verdade. Realmente, mal terminou a reunião da Lista R, eu escrevi um texto onde dei a minha opinião sobre qual deveria ser o futuro da mesma e quais os eventuais cenários que poderiam acontecer na própria associação. Fi-lo de consciência tranquila e arquei com as consequências do meu acto, sem nunca ofender ninguém, ou deixar o debate resvalar para vias que não são as mais correctas e que só desacreditam o associativismo estudantil e o fragilizam aos olhos do estudante médio. Todos os meus textos foram assinados por mim e nunca nenhum teve o objectivo de atentar a honra de nenhum colega, mesmo discordante da minha visão sobre o futuro da academia.
Nunca precisei de perseguir ninguém, de utilizar a sátira desprovida de ética, de reprimir colegas, de ameaçar pessoas e até de utilizar a expulsão, ou se preferirem esvaziamento de funções para vencer uma batalha política. Sempre acreditei que em democracia as batalhas políticas são ganhas com base na competência, no projecto apresentado e na forma integra como encaramos a vida. As pessoas não são burras e sabem observar de que lado estão aqueles que têm a coragem política de criticar abertamente o que acham errado e de que lado estão aqueles que, à falta de trabalho para apresentar, utilizam formas sujas de fazer política. Criticando apenas por criticar, expondo a imagem das pessoas muitas vezes ao ridículo, sem necessidade disso e sem estarem minimamente interessadas em conhecer as ideias e os projectos daqueles que se apresentam inevitavelmente como alternativa àquilo que se tornou o poder viciado, que utiliza todos os meios, mesmo os mais sujos para manter o seu protagonismo, que só é conseguido através do poder. Eu e certamente a maioria dos colegas da FDL preferimos afirmarmo-nos por outros valores como a amizade e o companheirismo, que aqueles que me conhecem sabem nunca lhes ter negado.
Termino agradecendo a todos os colegas que da mais diversa forma me têm feito chegar a sua solidariedade e garantindo que estarei sempre pronto para combater aquilo em que se tornou a nossa academia, desprovida de qualquer ética e onde vale tudo para atingir, ou neste caso manter, o poder. Aproveito para prestar igualmente solidariedade a todos aqueles que têm sido injustamente atacados e para avisar que estes ataques são apenas a prova tácita de que afinal existem pessoas e principalmente formas de fazer política que precisam de ser urgentemente combatidas.
Nós estudantes comuns temos que nos unir porque a liberdade está a passar por aqui e com a luta a justiça, em poucos meses, também virá.
Tuesday, April 25, 2006
O punho, o cravo, o céu e o mar...
Por muito que custe a muito boa gente (principalmente numa faculdade como a FDL, onde DIZEM existir muitas pessoas de direita) está aí mais um aniversário do 25 de Abril de 1974. Para recordar, para chamar à atenção, para nos lembrar que aquilo que de mais importante temos é a liberdade de sermos nós próprios.
Thursday, April 20, 2006
Coisas da vida e da academia (lol!)
tanto vão de mão em mão
que se perdem com a idade
porque ninguém nasce ensinado
o que aprendi já está errado
não acredito no meu passado
é a queda de um anjo
em cima de um homem
e ao ganhar a idade
perde a razão
ontem liam os evangelhos
hoje é lei a constituição
"mas que ninguém me de conselhos"
nunca gostei que as maiorias
organizasse o meu dia-a-dia
não acredito em democracia
é a queda de um anjo
em cima de um homem
e ao ganhar a idade
perde a razão
a todos os anjos
de todos os sexos
agarrem as asas
ao cair no chão...
(A Queda de um Anjo, M. Ângelo - Delfins)
Thursday, April 06, 2006
Parabéns Rugby/Sevens da AAFDL
Tuesday, March 28, 2006
Sunday, March 26, 2006
Líder da JS favorável à adopção por casais homossexuais
PÚBLICO - O que pensa do uso de embriões excedentários das técnicas de reprodução assistida para investigação científica?