Como da mesmo árvore sendo folhas
Nós somos reunidos por vento sufocante
Miséria é a noite e a guerra dilúvio
Do espelho que nos estendem resta o chumbo
E não só de ontem mas de sempre ousam
Voltaremnos ao nada a nós jovens de novo
A cada beijo terno como cada manhã
Nós que tiramos do futuro nossa luz
Os nossos amos têm marcas de um céu que é falso
Nós nossa força é nua e única e primeira
P'ra sempre no futuro nós sobre a terra os homens
E só suportaremos o peso da ventura
O peso leve e doce de rebentos e frutos.
Paul Éluard
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