Alegrias, as não medidas
Peles, as não extorquidas.
Histórias, as ininteligíveis
Conselho, os inexequíveis.
Solteiras, as jovens.
Casadas, as que enganam os homens.
Orgasmos, os não síncronos
Ódios, os recíprocos.
Domicílios, os permanentes
Adeuses, os sub-ardentes.
Artes, as não rendáveis.
Professores, os enterráveis.
Prazeres, os que exprimir se podem.
Fins, os de segunda ordem.
Inimigos, os sensíveis.
Amigos, os incorruptíveis
Cores, o rubro.
Meses, Outubro.
Elementos, o fogo
Deuses, o monstro.
Decadentes, os louvaminheiros.
Mensagens, os mensageiros.
Vidas, as lúcidas.
Mortes, as súbitas.
Bertolt Brechet
Brilhante... não?
Monday, January 02, 2006
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2 comments:
João, tenho vindo ver o blog de vez em quando mas ainda não tinha comentado.
Claro que com este poema de Brecht não podia deixar de o fazer.
É de facto brilhante. A tradução para português é que geralmente é pouco consensual.
Um Abraço, Diogo Leão
enfim.. aqui está uma prova da desgraça em que está o país.. são vocês mesmos que estão aí a mandar bocas sem nunca terem tido responsabilidades e vivendo a utopia fantástica que é o socialismo perfeito(pois porque o imperfeito é possível já o perfeito meus caros.. esqueçam pois o mundo não foi feito dessa forma).. há quem viva de olhos fechados e aqui está a prova disso... simplesmente miseravel o que se diz por aqui....
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