Friday, April 28, 2006

O arrivismo caciqueiro dos nossos dias

A blogosfera da nossa FDL nunca esteve tão animada como nos últimos dias. Muito se tem escrito sobre muitas coisas, o que é sempre bom, pois a sociedade só evolui com diálogo e debate em torno do rumo que a mesma deve tomar. E se assim é na vida, assim também inevitavelmente o será na nossa associação académica, por isso considero sinceramente importante que se discuta o futuro da mesma e que sempre que necessário se denunciem as coisas que estão mal, as pessoas que estão interessadas em galopar para o poder por mero interesse pessoal e os poderes instalados, ou que se pretendem vir a instalar, na nossa associação académica e que não tenham a pretensão de verdadeiramente servir os alunos da nossa casa.

Comemoramos recentemente as conquistas de Abril, as portas que esta data nos abriu e que já mais alguém as poderá fechar. A liberdade é pois a grande conquista de todos aqueles, que em todas as épocas ousaram expressar a sua opinião, lutando contra ventos e marés por um mundo melhor. Temos que ter ciente que a actividade política ou mesmo associativa não deve ser mais que isso mesmo, a luta por um mundo melhor, com base na nossa concepção de sociedade perfeita. É por essa razão que sempre fiz questão de expressar publicamente a minha opinião sobre todos os assuntos que acho pertinentes na nossa academia e é por acreditar na liberdade de expressão que sempre tive a coragem de assinar todos os meus textos. Na minha opinião a liberdade só faz sentido se soubermos dar a cara pelas coisas que defendemos, de outra forma a mesma torna-se em arrivismo puro, por parte de pessoas adultas do ponto de vista das matrículas, mas politicamente imberbes e mal formadas.

Aceito qualquer tipo de crítica que me façam e sei reconhecer quando estou errado ou quando simplesmente defraudei as expectativas de algumas pessoas, mas não consigo aceitar que colegas meus e eu próprio sejamos constantemente atacados de forma pouco polida e completamente ignóbil. Não faz sentido trazer à baila política questões como o aspecto físico das pessoas e outras questões meramente pessoais e que em nada vêm enriquecer o debate em torno de qual será o melhor futuro para a nossa academia. Aliás, são formas de combate como estas que afastam cada vez mais os jovens da política e a tornam suja. Porque sujo não é chegar a uma reunião de lista e apresentar um projecto alternativo e que por acaso até saiu vencedor, mas é sim fazer constantemente humor negro e desprovido de qualquer lógica que vise o debate político, atacando apenas pessoas que não precisam da associação académica para viver e muito menos para vencer na vida, mas que sempre mostraram desde da primeira hora estarem preparadas para trabalhar, quer por mero hobbie, companheirismo e até amizade pessoal.

Quando me retiraram a confiança política na AAFDL alegaram que eu me escondia em blogs, mas nunca cheguei a perceber bem até que ponto isso seria mesmo verdade. Realmente, mal terminou a reunião da Lista R, eu escrevi um texto onde dei a minha opinião sobre qual deveria ser o futuro da mesma e quais os eventuais cenários que poderiam acontecer na própria associação. Fi-lo de consciência tranquila e arquei com as consequências do meu acto, sem nunca ofender ninguém, ou deixar o debate resvalar para vias que não são as mais correctas e que só desacreditam o associativismo estudantil e o fragilizam aos olhos do estudante médio. Todos os meus textos foram assinados por mim e nunca nenhum teve o objectivo de atentar a honra de nenhum colega, mesmo discordante da minha visão sobre o futuro da academia.

Nunca precisei de perseguir ninguém, de utilizar a sátira desprovida de ética, de reprimir colegas, de ameaçar pessoas e até de utilizar a expulsão, ou se preferirem esvaziamento de funções para vencer uma batalha política. Sempre acreditei que em democracia as batalhas políticas são ganhas com base na competência, no projecto apresentado e na forma integra como encaramos a vida. As pessoas não são burras e sabem observar de que lado estão aqueles que têm a coragem política de criticar abertamente o que acham errado e de que lado estão aqueles que, à falta de trabalho para apresentar, utilizam formas sujas de fazer política. Criticando apenas por criticar, expondo a imagem das pessoas muitas vezes ao ridículo, sem necessidade disso e sem estarem minimamente interessadas em conhecer as ideias e os projectos daqueles que se apresentam inevitavelmente como alternativa àquilo que se tornou o poder viciado, que utiliza todos os meios, mesmo os mais sujos para manter o seu protagonismo, que só é conseguido através do poder. Eu e certamente a maioria dos colegas da FDL preferimos afirmarmo-nos por outros valores como a amizade e o companheirismo, que aqueles que me conhecem sabem nunca lhes ter negado.

Termino agradecendo a todos os colegas que da mais diversa forma me têm feito chegar a sua solidariedade e garantindo que estarei sempre pronto para combater aquilo em que se tornou a nossa academia, desprovida de qualquer ética e onde vale tudo para atingir, ou neste caso manter, o poder. Aproveito para prestar igualmente solidariedade a todos aqueles que têm sido injustamente atacados e para avisar que estes ataques são apenas a prova tácita de que afinal existem pessoas e principalmente formas de fazer política que precisam de ser urgentemente combatidas.

Nós estudantes comuns temos que nos unir porque a liberdade está a passar por aqui e com a luta a justiça, em poucos meses, também virá.

Tuesday, April 25, 2006

O punho, o cravo, o céu e o mar...


Por muito que custe a muito boa gente (principalmente numa faculdade como a FDL, onde DIZEM existir muitas pessoas de direita) está aí mais um aniversário do 25 de Abril de 1974. Para recordar, para chamar à atenção, para nos lembrar que aquilo que de mais importante temos é a liberdade de sermos nós próprios.

Thursday, April 20, 2006

Coisas da vida e da academia (lol!)

Testemunhos da verdade
tanto vão de mão em mão
que se perdem com a idade

porque ninguém nasce ensinado
o que aprendi já está errado
não acredito no meu passado

é a queda de um anjo
em cima de um homem
e ao ganhar a idade
perde a razão

ontem liam os evangelhos
hoje é lei a constituição
"mas que ninguém me de conselhos"

nunca gostei que as maiorias
organizasse o meu dia-a-dia
não acredito em democracia

é a queda de um anjo
em cima de um homem
e ao ganhar a idade
perde a razão
a todos os anjos
de todos os sexos
agarrem as asas
ao cair no chão...

(A Queda de um Anjo, M. Ângelo - Delfins)

Thursday, April 06, 2006

Parabéns Rugby/Sevens da AAFDL


Parabéns pelo terceiro lugar no Campeonato de Rugby de Sevens Universitário de Lisboa, organizado pela ADESL. Bateram-se de forma heroíca e continuam a representar a força da nossa gloriosa FDL.