Tuesday, October 19, 2004

Panorama do Associativismo Estudantil em S. João da Madeira

"Estudantes estão amorfos
quer política quer socialmente"




A chama do Associativismo Estudantil e do espírito académico está praticamente apagada em S. João da Madeira. Das três escolas secundárias do concelho, apenas uma tem Associação de Estudantes (AE). A Escola Secundária João da Silva Correia é o único estabelecimento de ensino público que tem tido sempre AE. O Centro de Ensino Integral (CEI) também possui uma Associação, apesar de ser constituída em moldes diferentes.

O LABOR ouviu os quatro presidentes dos conselhos executivos destas escolas para tentar saber onde anda o espírito associativo dos estudantes.

No CEI, neste momento, existe uma AE e uma Associação de Pais, apesar de "não terem estatutos feitos no notário", explica Joaquim Valente, presidente do conselho executivo. Segundo o responsável, a escola pretende acolher juridicamente a associação de pais e a de alunos numa só associação. Contudo, garante que em termos de funcionamento, "cada uma terá a sua secção independente". Para além da intenção de integrar pais e alunos num só organismo, a escola pretende também incluir ex-alunos e ex-pais nesta Associação. Segundo o professor Valente, "este tipo de instrumentos são bons conselheiros do bom funcionamento da escola".

No ano 2000/2001, João Gomes (presidente da AE da N.º 2 do ano anterior e recandidato neste ano, ver abaixo) participou numa plataforma informal de estudantes que reunia alunos de todas as escolas secundárias em S. João da Madeira. Nessa altura, segundo João Gomes, "conseguimos captar vários alunos, mas a partir daí não houve um esforço". Para João Gomes, uma das coisas a fazer no seu eventual próximo mandato, é "incentivar os alunos e tornar a própria AE da N.º 2 um motor de incentivo para as outras escolas criarem uma AE".

"Há uma atitude de completa passividade por parte dos estudantes. Na Serafim Leite e na N.º 3 os estudantes estão amorfos quer política quer socialmente. Não têm uma visão da importância do associativismo estudantil e juvenil e acabam por ficar arredados das grandes lutas do ensino e por não ter parte activa na escola", alerta João Gomes.

Na Escola Secundária Dr. Serafim Leite há dois anos houve AE, mas no ano passado não. Esta semana começou o processo de apresentação de listas. Até a data nenhuma foi apresentada. Pedro Gual, presidente do conselho executivo, explica que "normalmente a dificuldade que ocorre deve-se ao facto de, conforme o regulamento interno, a lista tem de incluir alunos do ensino recorrente. Esta situação torna-se um obstáculo". No entanto, Pedro Gual garante que "os alunos estão representados na Assembleia de Escola e no Conselho Pedagógico".

Apesar de não existir uma AE, o responsável pela escola considera que este organismo é "muito importante para dinamizar a própria escola com projectos bem como a nível da representatividade".

Na Escola Secundária N.º 3, as últimas vezes que existiu uma AE foi eleita apenas no 3.º período e era constituída por alunos do 12.ºano. Daí e, como explica Mário Coelho, presidente do conselho executivo, "não ter havido continuidade [ao projecto] porque os alunos saíram da escola e quando foram eleitos o ano já estava no fim".

Mário Coelho afiança que "já demos legislação aos alunos para formar uma associação, alertamos para a importância da sua constituição, mas os alunos deixaram de se interessar e as listas não aparecem". A título de exemplo deste desinteresse, o responsável lembra que na Assembleia de Escola, "os alunos ainda aparecem as primeiras vezes mas depois não voltam".

O cenário na Escola Secundária João da Silva Correia é diferente. Desde sempre existe AE, umas lembradas com um papel mais activo outras não tanto. Como recorda Margarida Violante, presidente do conselho executivo, "foi graças a uma AE que se deixou de fumar no recinto da escola". Outras "experiências positivas" da responsabilidade da AE, frisadas pela responsável, é a feira das profissões realizada anualmente. Segundo Margarida Violante, "trabalhar com os alunos como parceiros resulta em grande sucesso".

O processo eleitoral para constituição da AE decorre até ao dia 30 deste mês. Até agora só foi apresentada uma lista: a lista A. Com o slogan "Uma lista responsável", esta lista resulta da recandidatura do grupo de alunos que dirigiu a AE da Escola N.º 2. O LABOR conversou com João Gomes, presidente da lista A, para conhecer os meandros do Associativismo Estudantil na cidade.



Visão de um dirigente associativo



João Gomes, 17 anos, frequenta a Escola Secundária João da Silva Correia pelo sexto ano consecutivo. Foi Presidente da AE no ano transacto, Vice-Presidente no ano lectivo 2001/2002 e nos últimos dois anos foi representante dos discentes na Assembleia de Escola. Neste ano lectivo, apresentou a sua recandidatura como cabeça de lista à AE.

Questionado acerca do panorama passivo em relação ao associativismo estudantil patente nas outras escolas secundárias da cidade, João Gomes fez referência a cada estabelecimento de ensino como casos particulares. Apesar de a João da Silva Correia possuir AE, são poucas as listas apresentadas ou, por vezes, somente uma. João Gomes afirma que esta escola "é um caso particular porque é uma escola muito pequena". Como explica, anteriormente era uma escola com um número de vagas muito grande para cursos de prosseguimento de estudos. E, agora, tem muita gente a frequentar cursos como o de Animação Social [área técnico profissional]. Desta feita, "estas pessoas, na sua maioria, não pensam prosseguir os estudos e não têm uma vida académica muito activa. Muitos já trabalham, estudam e têm «part-times», logo não têm muito tempo para ficar na associação de estudantes". Para além deste factor, a dimensão reduzida da escola conduziu de há uns anos para cá, segundo João Gomes, "a uma enorme estagnação na quantidade de pessoas interessadas em formar listas".

Desde há três, quatro anos que existe um grupo de pessoas, um "núcleo duro", que tem tomado conta da associação de estudantes. João Gomes insere-se nesse grupo em conjunto com outros e têm tido um papel activo não só na AE como também na Assembleia de Escola e no Conselho Pedagógico.



Escola deve incentivar o associativismo



Em relação ao que se passa na Escola Secundária N.º 3, João Gomes revela que "sei que no ano passado houve tentativas para formar uma AE. Mas, creio que devido à burocracia legal não foi levada para a frente". Segundo João Gomes, "creio que o Conselho Executivo exigiu que a associação fosse formada legalmente, o que colocou alguns entraves e os alunos acabaram por ficar com o pé atrás".

O estudante lamenta a inexistência de uma associação e considera "muito estranho que numa Escola tão grande como a N.º 3 , haja uma passividade a este nível". Até porque, segundo João Gomes, "embora nunca tenha tido uma associação formalmente constituída, esta escola tinha uma participação activa, nomeadamente nas lutas estudantis contra a revisão curricular no governo PS e depois no do PSD e contra o novo estatuto do aluno".

O caso da Serafim Leite é "mais específico". Houve AE, mas no ano lectivo passado não. Como conta João Gomes, "os dirigentes, de há dois anos, continuaram na escola mas decidiram não tomar parte activa, uns por motivação política e porque se inseriram noutros meios e decidiram não continuar com o projecto".

Nestes últimos dois anos, segundo João Gomes, "nunca houve sinais de pessoas empenhadas em formar uma AE". Tal gera alguma confusão a João Gomes, uma vez que "esta escola sempre teve uma grande abertura com os estudantes. Era a própria Serafim Leite que convidava os estudantes a formar listas". Para além disso, no ano passado, a N.º 2 lançou um movimento contra a Lei de Bases da Educação e "teve boa receptividade por parte dos alunos da N.º 1 que participaram socialmente". Daí afirmar "não percebo" porque não surgem listas a concorrer. Por outro lado, admite é um caso mais complicado que a N.º 2 por ser uma escola maior logo é preciso mais meios efectivos para fazer uma campanha.

Desta forma, João Gomes considera que é um problema a ser resolvido pela própria Administração da Escola. Esta deve procurar "incentivar os alunos e dar-lhes meios para formar uma AE". E mais, "perceberem o contributo da AE na formação pessoal dos próprios alunos" e na possibilidade deles se tornarem "parte activa na democracia, na sociedade de S. João da Madeira, tomem posições e tenham uma atitude cultural diferente".



Outra dinâmica para superar dificuldades



A AE da Escola N.º 2 do ano transacto, recandidata-se agora com um novo desafio para superar algumas dificuldades: a adesão à Confederação Nacional de Associações de Estudantes (CONFNAES). Assim, a AE pode passar a ter parte activa na sociedade e melhorar as condições de funcionamento da própria associação. Para além disso, esta adesão traduz a possibilidade da AE pedir subsídios ao Instituto Português da Juventude (IPJ), à Câmara Municipal e a outras entidades de apoio ao associativismo estudantil. Porque, ao não estar devidamente legalizada, só possui um orçamento de 30 euros para o ano inteiro. Também passa a ser uma entidade jurídica o que, segundo João Gomes, "pode ser útil quando surgirem conflitos. E perante a administração da escola, a associação ganha outro estatuto". A adesão à CONFNAES revela-se também importante já que, apesar de existirem mais, "esta é a única plataforma nacional de estudantes que tem assento na Comissão nacional de juventude e de educação do Governo".

A escola N.º 2, a nível dos organismos nacionais, sempre colaborou com a delegação nacional de associação de estudantes (DNAE) [plataforma não legalmente constituída, marcadamente de esquerda que sempre pautou a sua actividade pelo combate de esquerda no Ensino, exclusivamente à luta estudantil]. Contudo, João Gomes considera que a DNAE já não é "fundamental" daí ser premente a adesão à CONFNAES. "Temos observado que aquando das grandes lutas, a DNAE já não tem grande actuação e deixa de ter algum fundamento".

João Gomes considera necessário "abrir novas fronteiras para a AE que passam pelo âmbito cultural, desportivo, lúdico, etc. Aí há outra estrutura, já legalmente constituída, que revela-se mais capaz – CONFNAES – que entendemos que é mais abrangente". A adesão à CONFNAES fará com que os membros da AE "possam ter parte activa na estrutura do ensino secundário a nível nacional".

A título de exemplo, João Soares refere a AE de uma escola da Amadora que conseguiu vários apoios, nomeadamente do Estado, de fundações e da própria escola. Desta forma, esta associação conseguiu levar a cabo projectos sociais de apoio aos estudantes carenciados e às suas famílias. "A própria Associação providenciava cestos com comida para distribuir a estas famílias dos estudantes desfavorecidos", conta João Gomes.



"primeiro passo na política (...)"



Este ano João Gomes foi convidado, por ter sido o antigo presidente da AE, a fazer uma pequena palestra esclarecedora para cada ano sobre o que é a AE, o que é o movimento associativo e qual a representação e papel dos estudantes na gestão da escola. Confessa que a receptividade foi "boa".

Para este jovem, o Associativismo Estudantil engloba três componentes: a política, a cultural e a lúdica.

Em relação à primeira componente, o associativismo estudantil é "o primeiro passo para qualquer jovem se envolver na política e começar a ter opinião e parte activa na política". Como exemplo, apela à sua experiência pessoal. "A maior parte da minha formação política começou pelo associativismo estudantil. Por exemplo, no ano passado, 90 por cento dos estudantes que estavam na AE não tinham militância política. Neste momento, na minha lista, cerca de 80 por cento já têm como também já têm um novo olhar sobre as questões que envolvem toda a sociedade e o País". Quanto à componente cultural, "a AE da N.º 2 sempre procurou ter uma colaboração cultural activa com a administração da escola". Esteve sempre envolvida em todos os aspectos de convívio, deu apoio cultural aos estudantes que precisassem. Este ano, caso seja eleito novamente, João Gomes afirma que esta é uma componente "a ser melhorada". Para tal, releva que "estamos a pensar em reunir ex-presidentes de AE da escola e fazer um debate para procurar saber quais as diferenças do associativismo estudantil pós 25 de Abril, na década de 80, na de 90 até agora. E debater acerca dos novos horizontes".

Vânia Correia
Jornal Labor

Sermão

«Nonne cognoscent omnes, qui operantur iniquitaten, qui devorant plebem mean, ut cibum panis» (Salmo XIII-4)

«Porventura, não conhecem todos, os que devoram o meu povo, como um pedaço de pão?»


É sempre difícil começar um sermão, principalmente quando estamos seguros do que sentimos mas não de como iremos fazer passar a nossa mensagem. Decidi começar por esta simples passagem bíblica utilizada por Padre António Vieira no conhecido mas não absorvido "Sermão de Santo António aos Peixes", brilhante obra barroca em que as interrogações retóricas são constantes, em que se estabelecem paradoxos em torno dos modos de vida de uma época, em que o texto antitético ganha sentido perante a triste realidade que é a "raça humana", texto que por ser uma crítica assente em metáforas não se extingue em si mesmo mas serve de ensinamento para um povo, que passado quatro séculos contínua a ser comido, como o pão que, segundo Padre António Vieira, é o único alimento que se come sempre e continuamente, tal como os miseráveis da nossa nação que continuam a ser comidos.

Neste falado sermão, os peixes são repreendidos por se comerem uns aos outros, mas reparemos que até a maneira como servem de alimento é injusta, já repararam que é sempre o peixe maior que come o mais pequeno? E será que uma baleia se contenta com uma sardinha? Não, um poderoso come sempre muitos peixes pequenos, raia miúda que nasce para ser alimento e morre no estômago do opressor com o sentimento de missão cumprida. E depois de digerida, que dirá ela perante o tribunal divino? Será que Deus terá compaixão com quem teve medo de lutar com a dignidade de Luso, a força de Viriato e a coragem de D. Sebastião? É triste olhar para esta pátria, para este cherne que serve de alimento aos grandes, que se contenta em saciar o Império, que deixa a sua cultura ser absorvida e globalizada.

Que é feito da pátria? Que é feito do Rei? Quantas manhãs de nevoeiro se abaterão sobre as margens do Tejo até voltar D. Sebastião? E onde paira o nobre sapateiro Bandarra, que idealizou o V Império? Quantos "Concílios dos Deuses" serão precisos para que se permita levantar esta nação? Que viu perder as qualidades de Marte e Vénus para viver sobre o efeito de Baco, uma nação embriagada, tonta e perdida que já não se revê em si mesma.

Tal como citei na bíblia, por quanto tempo continuaremos a ignorar quem devora o nosso povo como pão? Não me acusem de radicalismo, ou como se vulgarizou chamar fundamentalismo, não me tomem por céptico, pois acredito no meu povo, VIII séculos de história não se perdem de um dia para o outro, mas convém estar sempre com os olhos bem abertos.

Vivemos em crise, quem ainda não ouviu isto? Mas porque será? Será mesmo por causa do falado défice? Será a conjuntura internacional e o temido terrorismo? "Tantas perguntas, tão poucas respostas..." (escrevia Brechet). Na verdade vivemos numa crise, mas de valores, estamos a perder a nossa identidade e a sermos absorvidos pelo mundo anglo-saxónico. É triste que tudo o que nos rodeie seja capital estrangeiro, é triste que os "Best-Sellers" sejam de J.K. Rowling e não de Saramago, é humilhante que se troque comida saudável por um King Burguer, é arrepiante ver alunos que não conhecem Miguel Torga serem bombardeados com horas e horas de inglês, é chocante sermos obrigados a participar em guerras que não são nossas, tudo porque estamos a ser absorvidos! Valerá a pena escrever este texto, quando sei que me irão tomar como tolo? "Tudo vale a pena se a alma não é pequena" (diria Pessoa).

Falo agora em tom de desabafo, sinto-me revoltado com a falsidade que envolve tudo quanto nos rodeia. Somos ignorados por todo o mundo e continuamos a servir quem nos oprime, continuamos a cultivar uma mentalidade em que o futuro é saber Inglês, estar actualizado sobre o "Dow Jones" e não perder as recentes novelas em torno da família real de Inglaterra.

Mas o que será feito do nosso rei? O que será feito da república? É preciso que exista uma reflexão profunda sobre a identidade nacional, é preciso repensar a pátria e o patriotismo para que nem mais um primeiro-ministro fuja do governo para se acomodar na Europa, para que voltem a haver governos com legitimação democrática, para que o nosso país não fique celebre por o governo não conseguir colocar cinquenta mil professores, para que a nossa pátria não seja falada lá fora por enviar barcos de guerra para vigiar activistas pela interrupção voluntária da gravidez e fundamentalmente para que não voltemos a ser arrastados pelos Estados Unidos e pela Inglaterra para uma guerra injusta, a guerra contra o terrorismo que não passa de um "show" bélico da luta desenfreada pelo petróleo. Um país que honra a sua pátria recusa-se a ver cair tudo que é património público, criando-se uma mentalidade falaciosa de que "tudo que é estado atrapalha".

Repensar a pátria e o patriotismo é termos orgulho no nosso passado e lutarmos por um futuro melhor, onde impere uma igualdade efectiva, onde haja liberdade para os comentadores expressarem as suas opiniões e onde os políticos não participem em "Realities Shows", onde as estrelas sejam os músicos, os poetas, atletas e pensadores e não figuras marginais de aspecto horrendo. Vamos repensar a nossa própria maneira de pensar a pátria.



"Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,

Define com perfil e ser

Este fulgor braço de terra

Que é Portugal a entristecer –

Brilho sem luz e sem arder,

Como o que fogo-fátuo encerra."

(Fernando Pessoa)

João Gomes

Jornal Labor

Thursday, October 07, 2004

Cavaco Silva: Portugal pode estar "perante um caso muito, muito grave"



O ex-primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva lamentou hoje a saída de Marcelo Rebelo de Sousa da TVI e considerou que caso tenha havido censura, mesmo encapotada, Portugal está "perante um caso muito, muito grave".

Em declarações à Rádio Renascença, Cavaco Silva considerou que se a saída de Marcelo Rebelo de Sousa "configura uma forma de censura, ainda que encapotada, uma limitação à liberdade de opinião própria de uma democracia pluralista", então o país está "perante um caso muito, muito grave".

Afirmando que as análises que Marcelo Rebelo de Sousa fazia na TVI todos os domingos tinham "indiscutível qualidade", Cavaco Silva considerou ainda ter havido "um tremendo erro da parte dos que estão por detrás do seu afastamento".

O ex-primeiro-ministro salientou, no entanto, que "só o próprio pode esclarecer o que se passou".

O ex-presidente do PSD Marcelo Rebelo de Sousa anunciou ontem que cessou o comentário político que fazia no "Jornal Nacional" da TVI aos domingos, depois de uma conversa com o presidente do grupo Media Capital, Miguel Paes do Amaral.

A decisão de Marcelo Rebelo de Sousa ocorreu dois dias depois de o ministro dos Assuntos Parlamentares, Rui Gomes da Silva, ter estranhado o silêncio da Alta Autoridade para a Comunicação Social em relação aos comentários, que classificou de "ódio", feitos pelo ex-presidente do PSD aos domingos na TVI.

Tuesday, October 05, 2004

Political Compass






Caros camaradas,

Finalmente está disponível a versão portuguesa do famoso "Political Compass", que é um pequeno "teste" que se destina a colocar o inquirido num gráfico político, determinando o seu grau ideológico (esquerda-direita, libertário-autoritário).

Tendo sido eu, apoiante de José Sócrates, estranho bastante ter ficado colocado mais à esquerda que o próprio Manuel Alegre, que também efectuou o teste! Afinal também sou de esquerda! Sinto-me contente por me ter dado conta que afinal, durante a campanha para secretário-geral, tinha sido injustamente acusado de desvios direitistas. Citando Sérgio Sousa Pinto, em pleno congresso: "Camarada Manuel Alegre,desculpe, mas também sou de esquerda!".

Saudações Socialistas!