Wednesday, January 04, 2006

Da incontinência de ideias à ejaculação precoce

O nosso caro Maquiavel, lembro o contemporâneo, lançou no seio da AAFDL o debate em torno do termo "incontinência de ideias". Peculiar para muitos, invulgar para alguns e até ridículo para outros, teve um impacto inesperado no seio da academia e teve, inclusivé, lugar a destaque no nosso saudoso "Berro" tertuliano.
Mas o que tenho vindo a notar é que esta expressão começa cada vez mais a ter sentido, quando observo algumas atitudes de conhecidos meus, que insistentamente e talvez por falta de formação política, social e qui ça pessoal, insistem em ter atitudes que mais não são do que ridículas. Por vezes é preciso pensar que a amizade deve, inconturnavelmente, estar num patamar bastante elevado na nossa forma de encarar a vida e que é necessário saber solidificar a mesma e principalmente ser fiel à mesma. Para mim, a experiência de estar num grupo de amigos, ou mesmo numa organização política, mais do que um teste de sensatez e inteligência é, idubitavelmente, um teste de carácter.
Para ser realmente franco, acho que estamos a atingir patamares na sociedade moderna que ultrapassam a incontinência de ideias do Maximus Prudentium Maquiavel e fazem com que estejamos perante o fenómeno da ejaculação precoce de ideias e atitudes, que peço me permitam introduzir no vocabulário deste "em nome da liberdade".

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